Um dos grandes gargalos dos canais de distribuição é a falta de planejamento integrado. Poucos são os varejistas, indústrias e distribuidores que conseguem fazer um planejamento de demanda na cadeia de suprimentos farmacêutica com efetividade, impactando os resultados e seus fornecedores.
Dessa forma, o principal desafio é que os elos da cadeia sincronizem esse processo dentro de um modelo colaborativo, garantindo mais vendas e ganhos para todas as partes. O cenário perfeito pede o alinhamento dos indicadores de cobertura, ruptura e giro de estoque. São eles que vão permitir analisar cenários e encontrar soluções para evitar a falta ou o excesso de estoque.
Porém, esse alinhamento não é tão simples, já que inúmeros fatores externos surgem, tais como lançamentos de novos produtos, epidemias, mudanças climáticas e etc, que podem demandar constantes ajustes e revisões no planejamento. Isso tudo se traduz em um enorme desafio de suprimento logístico-comercial.
Resolvendo a questão
A maneira mais eficiente de melhorar as margens e diminuir os problemas de ruptura de estoque, por exemplo, é otimizando os processos de todo o supply chain. Para isso, é necessário investir na monitoria e planejamento da demanda da cadeia de suprimentos da saúde.
Outra medida importante é realizar um planejamento colaborativo de vendas entre os elos da cadeia (Indústria – Distribuidores – Varejistas). Assessorando seus clientes e parceiros do varejo, na construção de um planejamento colaborativo e integrado, você trará soluções importantes para o desempenho de suas marcas, tanto quanto gerará ótimos benefícios para os resultados de seus parceiros.
Existem, no mercado, soluções tecnológicas que atuam de forma a permitir às indústrias terem esse controle online, ajudando nas decisões de compra de mercadorias e evitando a ruptura no varejo.
Confira cinco dicas para seu parceiro de varejo em como otimizar o processo de planejamento da demanda:
1. Desenvolva um planejamento comercial
Conte com a ajuda de um software que consiga ajudar a identificar os produtos que têm mais saída e o quanto ele representa em rentabilidade. Desta forma, seu parceiro conseguirá descobrir quais produtos e categorias afetam se a rentabilidade do negócio.
2. Fique atento à publicidade
As ações de marketing e merchandising são excelentes meios para potencializar a venda dos produtos anunciados. Ao acompanhar todos os esforços promovidos pela indústria, seu parceiro poderá se preparar com antecedência para atender a demanda futura e ajustar seus estoques em períodos de maior sazonalidade ou oportunidades específicas.
3. Automatize o controle de estoque
Priorize soluções de gerenciamento de estoque e demanda capazes de alertar o nível de serviço ideal para cada tipo produto. Estoque não deve ter excesso, muito menos falta! Com isso, é possível atingir o nível adequado de cobertura de estoque, sem comprometer o fluxo financeiro do negócio. Sistemas eficientes de gestão de estoques também são capazes de identificar a origem das rupturas, leadtime de entrega, nível de serviços dos fornecedores e a recomendação ideal de faceamento dos estoques de acordo com a rotatividade das vendas de cada item.
4. Opte por um sistema de pedidos online
Economize tempo e facilite o processo de compras ao utilizar uma tecnologia que permita o envio de pedidos eletrônico de compra do varejo. Desta forma, você evita colocar em risco a gestão do estoque, automatizando o envio de pedidos com base em parâmetros de reposição. Tudo pode ser feito de forma simples, rápida e automática.
O EDI (Eletronic Data Interchange) é fundamental para apoiar o processo de comunicação na troca de pedidos entre os fornecedores e o varejo.
5. Invista na comunicação integrada de toda a cadeia
A troca de informação entre os parceiros de negócios é um grande aliado para resultados de sucesso. Indústria e varejo estão de mãos dadas para a gestão eficiente dos estoques.
Adote um modelo de padronização de cadastro básico para cada item de seu portfólio. A classificação em categorias, classes terapêuticas, padronização de códigos EAN e etc, ajudará no alinhamento das informações, pois muitos casos de ruptura derivam de erros de informação no cadastro de produtos na cadeia.
Investir em ferramentas para melhorar o processo de planejamento de demanda não tem um custo alto como alguns acreditam. Trata-se de uma solução que racionaliza a gestão de estoques, aumenta a eficiência da cadeia de supply chain e reduz o impacto de perdas em produtos vencidos, faltas ou excessos indevidos.
Sem dúvida, o custo benefício é muito vantajoso.