Por Rodrigo Galesi, COO Business & Tech da Interplayers.
Responsável por desenvolver tratamentos médicos, medicamentos e tecnologias inovadoras, a indústria da saúde tem um grande poder em operação: o de salvar vidas.
À medida que a sociedade e o ambiente digital evoluem, bem como as expectativas em relação ao bem-estar geral, a importância de estabelecer parcerias com hubs da área se torna cada vez mais evidente.
Isso porque a conexão, a multiplicidade e a especialização são os pilares que impulsionam esse modelo de negócio. Para entender mais a fundo a ideia, podemos relacioná-la ao campo da aviação.
Do local de partida ao destino desejado, é preciso passar por um hub para garantir essa conexão. Mas, nos aeroportos, os passageiros não contam apenas com um centro de distribuição de voos.
Entre embarques e desembarques, têm a facilidade de usufruir serviços diversificados que transformam esses espaços em centros de conveniências, com restaurantes, lanchonetes, bancos, pronto atendimento, lojas, entre outras atividades.
Seguindo a mesma lógica, um hub de negócios em saúde e bem-estar integra serviços e soluções e os disponibiliza para diferentes públicos, conectando diversos atores do mercado, como:
- Hospitais e clínicas;
- Profissionais de saúde;
- Indústrias;
- Distribuidores;
- Farmácias;
- Empresas de saúde suplementar;
- Comerciantes e consumidores.
Todos estes players se beneficiam de soluções e serviços oferecidos pelo conjunto de parceiros estratégicos especializados em cada processo.
Com a valorização da saúde impulsionada pela pandemia, as farmácias, sobretudo, tornaram-se importantes pontos de auxílio ao setor. A liberação da Anvisa para realização de exames rápidos também despertou novas vocações a esses estabelecimentos.
Finalmente, o potencial do farmacêutico e as possibilidades de incremento em infraestrutura e tecnologias foram reconhecidas para ajudar o sistema. Hoje, muitos pacientes chegam ao balcão buscando orientação sobre o que estão sentindo e qual decisão tomar, deixando de sobrecarregar os prontos atendimentos com problemas de saúde de baixa complexidade, por exemplo.
Otimização para o abastecimento da cadeia
Entre as inúmeras vantagens em cena, um hub de negócios em saúde e bem-estar pode viabilizar o acesso a uma plataforma que facilita a comunicação e negociação entre farmácias, distribuidoras e indústrias farmacêuticas para favorecer o abastecimento de produtos.
Por meio de Programas de Relacionamento das Indústrias, mais de 70 mil farmácias e drogarias de todo o Brasil pode comprar diversos medicamentos e correlatos com preços diferenciados.
Além disso, o sistema funciona como um portal de negócios B2B e permite gerenciar estoques, fluxos logísticos e relações comerciais – processos que, antes, eram manuais e complicados.
Participação ativa em programas de apoio aos tratamentos
Um hub da área também facilita a participação de farmácias em diversos programas de benefícios de medicamentos, sempre com o objetivo de proporcionar a melhor jornada para o paciente e maior rentabilidade ao estabelecimento. Pode, inclusive, operacionalizar programas de alto, médio e baixo volume.
O modelo coloca a indústria em posição de decisão no ecossistema como um todo, por definir os descontos a serem concedidos aos diversos consumidores, com regras de negócio de acordo com a localidade, perfil do consumidor e de consumo.
Milhões de transações mensais já são efetuadas através desses programas de apoio, representando uma significativa porção da população do Brasil, composta por consumidores que recebem mais acesso para seus tratamentos de saúde.
Oferta de serviços clínicos dentro das farmácias
As farmácias estão evoluindo para oferecer uma gama mais ampla de serviços clínicos, que incluem:
- Consultas com farmacêuticos;
- Exames rápidos;
- Vacinações;
- Uniformização do processo de atendimento ao paciente.
Este avanço é possível graças à implementação de protocolos rigorosos e software clínico. Além disso, a integração com um hub de negócios focado em saúde e bem-estar promove a conexão entre plataformas de serviços farmacêuticos e as próprias farmácias.
Esse modelo inovador não apenas coloca as farmácias em um papel de destaque no setor de saúde, mas também democratiza o acesso a cuidados de saúde de qualidade, tornando-os mais acessíveis a uma maior parcela da população.
Na prática, um hub voltado ao setor é um catalisador indispensável para a construção de um presente e futuro com mais qualidade de vida, em que todos os atores da cadeia da saúde podem contar com um sistema integrado e seguro que garante agilidade, confiabilidade e predição para todos.
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